O Genocídio Armênio foi um plano sistemático de extermínio da população armênia realizado pelo Império Turco Otomano, que começou em 1894, e que teve seu período mais virulento entre 1915 e 1923,com o governo dos “Jovens Turcos”. O objetivo era acabar com a presença armênia dentro das fronteiras do Império Otomano, posteriormente o Estado turco. O resultado de um milhão e meio de vitimas.
É um crime contra a humanidade ainda impune, porque o Estado turco se recusa a reconhecer e reparar este massacre, apesar das numerosas evidências históricas.
No multiétnico Império Otomano, a grande maioria da população era muçulmana. Havia uma minoria de cristãos, particularmente armênios e gregos, que eram considerados cidadãos de segunda classe; careciam de direitos políticos e foram excluídos do aparelho do Estado.
No século XIX, em linha com as revoluções européias, a minoria armênia começou a reivindicar certas reformas administrativas dentro do império. Estas reivindicações provocaram os primeiros assassinatos entre 1894 e 1896, organizados pelo sultão Abdul Hamid, que custou a vida de 300 mil armênios. Mas no início do século XX, entre os próprios turcos começaram a surgir movimentos de democratização do regime. Estas manifestações contra o sultão eram liderados por jovens intelectuais turcos que mais tarde formaram o partido dos “Jovens Turcos” com inclinações liberais e voltadas para depor o Sultão e formar um governo parlamentario. As minorias armênias viram nesses movimentos a possibilidade de realizar as reformas administrativas, há muito aguardadas, e apoiaram as suas reivindicações.
No entanto, os “Jovens Turcos” tinham um plano de “pan-turkism” na região, com o objetivo de unir todos os “irmãos de sangue” e, neste projeto os armênios constituíam um obstáculo pela sua localização geográfica. Em 1914, com a entrada da Turquia na Primeira Guerra Mundial, eles começaram a realização do plano para se livrar dos armênios.
Em 24 de abril de 1915, o governo turco dispuso prisão de intelectuais, políticos e religiosos da minoria armênia, que mais tarde foram assassinados ou deportados. Em seguida, começou a perseguição e assassinato da população armênia na capital e no interior do Império Otomano, a realização de um massacre brutal e assassinatos em massa, que são lembrados como “o primeiro genocídio do século XX”.
Como resultado deste genocídio, a nação armênia, que tinha 3 milhões de habitantes, foi reduzido para metade, foram deportados ou expulsos de suas terras os sobreviventes, que foram assentados em diferentes partes do mundo, o que explica a formação duma diáspora armênia significativa.
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